terça-feira, 13 de novembro de 2007

Matéria de campo

Falta cidadania e sobra esperteza

Motoristas estacionam em vagas exclusivas para deficientes físicos

Escadas, portas, elevadores e banheiros estreitos existem de sobra. Faltam rampas e há desrespeito à reserva de vagas no estacionamento. Como se não bastasse os obstáculos físicos, os deficientes ainda precisam superar o preconceito e a falta de consciência social. Não é preciso visitar muitos lugares para perceber que os motoristas cearenses costumam desrespeitar as vagas destinadas a portadores de deficiência em locais públicos e privados da capital. Os motivos vão desde a falta de educação à ausência de fiscalização intensa da Lei que determina punições a estes condutores. Ora, segundo a Lei, as vagas reservadas para deficientes devem ser sinalizadas pelo Símbolo Internacional de Acesso, com medidas largas e próximas da entrada dos estabelecimentos, logo, se transformam nas “melhores vagas”. A partir daí a esperteza fala mais alto que a consciência.
Há quem depois de estacionar saia do veículo mancando e até que diga ter deficiência auditiva, tudo para justificar a negligência.
Como tentativa de dificultar a ocupação indevida da vaga, alguns estabelecimentos fazem uso de cones, barras de ferro e correntes. Mas nem sempre são suficientes para barrar os condutores espertos.
É dever da população promover uma boa qualidade de vida para seus deficientes, mas infelizmente fazemos parte de uma sociedade que está mais preocupada em suprir suas necessidades do que respeitar o direito do próximo. Por isso se faz necessário a implantação de programas de conscientização social, criação de políticas públicas de acessibilidade e investimentos na estrutura-física. Medidas que visam a promover uma sociabilização, garantindo respeito às leis e bem estar aos deficientes físicos.



SAIBA MAIS



A lei nº 7.405, de 12 de novembro de 1985, torna obrigatória a colocação do "Símbolo Internacional de Acesso" em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência. Em caso de ocupação indevida, o condutor sofrerá punição por infração leve, tendo que pagar uma multa no valor de R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais), e o veículo é passível de ser removido.
Para solicitar o adesivo de ilustração para veículos adaptados, o motorista deve dirigir-se a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) portando: laudo médico especificando a deficiência, documento do veículo a ser credenciado, além dos documentos pessoais: RG, CPF e comprovante de endereço.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Pauta

Retranca: LEIS/ ESTACIONAMENTOS / DEFICIENTES
Equipe: Jakeline Diógenes/ Juliana Montenegro/ Luciana Vasconcelos


Lei Municipal determina reserva de vagas para portadores de deficiência

Um passeio rápido pelo shopping mais próximo e veremos que a determinação da lei está longe de ser devidamente cumprida. Seria então importante contatar a Associação dos Deficientes Físicos do Ceará, que fica localizada na Rua Alcides Santos, nº. 58 – Parangaba, para abordar o assunto. Devemos procurar o Presidente da Associação, David Farias pelos números: (85) 3091-1014 e 3232-7873. O
Na comunidade do orkut “Deficientes de Fortaleza” podem ser encontrados inúmeros exemplos de portadores que já passaram pela dificuldade de acesso a estabelecimentos por conta da falta de um estacionamento próprio, que favoreça o deslocamento. Um deles é David Andrade de Freitas, 28 anos, membro da ADFC.
Para falar sobre a determinação da lei, com suas devidas sanções para o descumprimento, podemos falar com a Chefe de Fiscalização de Obras da Secretaria Executiva Regional II, Cleide Guedes, pelo número 3216.1862.

Devemos procurar também algum especialista para falar sobre a regulamentação física das vagas e ainda "seguranças" responsáveis por espaços públicos para saber sobre o desrespeito de quem ocupa indevidamente o espaço destinado aos deficientes.


Diz a Lei: de acordo com o inciso 4º do artigo 229 do capítulo II do título IV da Lei de Uso e Ocupação do Solo, nº 7987 de 23 de dezembro de 1996, consolidada em julho de 1998, fica determinado que “deverão ser reservadas vagas de estacionamento para deficientes físicos, identificadas para esse fim, próximas da entrada da edificação nos edifícios de uso público, com largura mínima de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros), com condições de acessibilidade e segurança entre a vaga e a edificação”. O inciso determina ainda que sejam reservadas vagas para cadeirantes na proporção mínima de 1 vaga para locais com até 25 vagas, 2 para 26 a 50, 3 para 51 a 75, 4 para 76 a 100, 5 para 101 a 150, 6 para 151 a 200, 7 para 201 a 300, e 7 para locais com capacidade acima de 300 vagas, sendo mais uma reservada para cada 100 outras vagas ou frações.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Convergência Digital

Legislação brasileira corre atrás da convergência tecnológica

A um passo da TV digital, o Brasil ainda não tem leis para gerir o sistema

A pouco mais de um mês para o início das transmissões da TV digital no Brasil, que começa a operar em 2 de dezembro em São Paulo, as discussões sobre a atualização das leis de radiodifusão e telecomunicações avançaram, mas ainda não há um consenso sobre como será a regulamentação que deverá gerir as novas tecnologias. Na prática, a convergência digital caminha a passos largos e vai atropelar os debates sobre o marco regulatório, ou seja, os brasileiros vão viver em um ambiente de multiplicidade de mídias antes mesmo que haja regras claras para o setor.

Atualmente, existem três leis principais que regulam essa área: o Código Brasileiro de Radiodifusão, criado em 1962, a Lei de TV a Cabo, de 1995 e a Lei Geral das Telecomunicações, que é de 1997. E aí é que está o problema, a falta de uma legislação unificada que sirva de suporte para a absorção dos avanços tecnológicos.

Em grande parte dos países desenvolvidos, a regulamentação dos serviços de comunicação está sendo ou já foi adequada para acompanhar o caminhar do processo de convergência tecnológica. No Brasil, a obsolescência da legislação começa a dificultar o aproveitamento adequado dos avanços e até mesmo o acesso pela sociedade. Ronaldo Sardenberg, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), diz que as leis devem estar alinhadas aos avanços tecnológicos, porém, não podem ser pautadas por eles sob o risco de estarem “velhas” antes de entrarem em vigor. "As tecnologias evoluíram mais rápido do que a formulação das leis. É necessário apressar a elaboração de novos conceitos que levarão ao aperfeiçoamento do marco regulatório para o setor", afirmou.

Apesar da urgência, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, descarta que a atualização das leis aconteça ainda este ano. Costa avalia que o novo marco das comunicações seja finalizado no próximo ano, somente depois de debatido em fóruns regionais preparatórios que levarão suas definições para análise na Conferência Nacional de Comunicações, que deve ser realizada pelo governo no próximo ano.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Web 2.0

Web 2.0 e o Jornalismo Democrático

Leitores agora podem ser editores do mundo virtual

Evolução ou Inovação??? Ainda não encontraram a resposta quando o assunto é conceituar Web 2.0. Há quem diga que não passa de uma evolução natural da internet, a descoberta de seu verdadeiro potencial. Mas, muitos defendem a idéia de transição para um novo paradigma, onde a colaboração possue força suficiente para concorrer, inclusive, com os mais tradicionais meios de geração de conteúdo. De certo mesmo, temos apenas o surgimento de uma nova forma de produzir e veicular informação: o jornalismo colaborativo.

A nova onda que infesta cada vez mais a internet aponta para uma mídia popular, independente de grandes corporações, um espaço aberto para socialização e interação entre os usuários, que compartilham e criam de forma conjunta o conteúdo divulgado. Na nova forma de navegar , o internauta desocupa e cadeira de mero usuário e passa para a poltrona de editor. A idéia é que o conteúdo – texto, imagem e som – sejam produzidos por cidadãos comuns com ou sem a colaboração de jornalistas profissionais. Ferramentas como celulares e câmeras digitais somados a popularização dos blogs e wikis facilitam a coleta e distribuição de notícias e informações.

Mas nem tudo é tão simples. Tanta liberdade de expressão pode levar a carência de credibilidade. Não há como filtrar maciçamente e em curto espaço de tempo, tudo aquilo que é disponibilizado on-line. Assim, corremos o risco de absorver e tomar como certas, informações que nem sempre são confiáveis.

O pensador Andrew Keen diz que a Web 2.0 gera o culto ao amadorismo e pode levar ao declínio da qualidade da informação na medida em que cria a ilusão de que qualquer um pode atuar como autor quando na verdade deveriam ser leitores. Keen diz em relação a Wikipédia, um dos exemplos mais populares de Web 2.0: “Não deveríamos confiar por que não sabemos quem está recomendando aquilo. Eles são anônimos, podem estar tentando moldar nosso gosto de acordo com os interesses particulares.na Wikipédia ninguém sabe quantos editores realmente existem, quem são eles.”

Enfim, a Web 2.0 sugere usabilidade; experiência do usuário, seja ela verdadeira ou não; interfaces intuitivas; dinamismo na publicação de informação e mais do que isso, interatividade bilateral.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Mídia Alternativa

Mídia alternativa na comunidade

Rádios comunitárias são criadas para prestar serviços sociais

Como o próprio nome sugere, a rádio comunitária foi feita para atender ao povo. Montada com o objetivo de democratizar a comunicação, propõe: dar “voz aos excluídos”, criar identidade sócio-cultural e oferecer suporte às lutas da sociedade quando o assunto é política.

Sua programação deve conter desde informação de importância pública até manifestações culturais e dicas de lazer. Tudo isso contribuindo para o desenvolvimento da comunidade na qual está instalada, sem qualquer expressão discriminatória, seja de religião, convicções político-partidárias, posição social ou mesmo raça e sexo.

Para instalar esse tipo de serviço, além do equipamento (um conjunto de transmissor de 25 watts, gerador de estéreo, cabos, antenas e mesa de som), é necessário uma autorização de execução, que é cedida pelo Governo Federal por um período de dez anos, podendo ser prorrogado pelo mesmo tempo.

É CRIME

A legislação brasileira considera crime o não cumprimento das normas sobre instalação, programação, administração e transmissão da rádio comunitária. A punição vai desde uma advertência ou multa até a perda da autorização.

No caso da radiodifusão ilegal — a instalação e o funcionamento destas emissoras também é considerado crime, punido com apreensão dos equipamentos e prisão dos responsáveis e daqueles que estão direta ou indiretamente ligados a essa atividade.

O trabalho de fiscalização de rádios é de responsabilidade da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A apreensão de equipamentos e a punição dos responsáveis é feita por meio de parceria com a Polícia Federal (órgão que pode lacrar ou apreender os equipamentos) e com o Poder Judiciário (responsável por expedir os mandados de busca e apreensão) .

Denúncias podem ser feitas diretamente à Anatel através do número 0800 33 2001.

Para saber mais sobre Mídias Alternativas consulte o blog "Devaneios do Oráculo" da repórter Luciana Vasconcelos.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Portal

Webjornalismo em portais

Um modelo híbrido que une texto, fotografia e vídeo em versões online

Portal é um site na internet que funciona como ponto de acesso centralizado para o usuário, uma espécie de porta principal de navegação. Surgiu nos Estados Unidos, nos primeiros anos da década de 90, carregando como principal serviço o mecanismo de busca. No Brasil, a trajetória dos portais começa pelo mesmo caminho, mas só aparece em 95 com o Cadê.

Não demorou muito para que esta nova ferramenta passasse a agregar os mais diversos serviços, inclusive a digitalização e distribuição da informação em suporte digital, instaurando uma nova categoria para o webjornalismo: o jornalismo de portal.

No jornalismo de portal há uma dinâmica mais ágil e instantânea, principalmente pela consolidação do modelo de notícias em tempo real ou tempo quase real, as chamadas hard news ou breaking news, bem próximas do formato de conteúdos gerados pelos canais de notícias 24 horas das redes de TV a cabo. As chamadas “últimas notícias” buscam anunciar os fatos no instante em que ocorrem, dando informações sobre os assuntos em "pílulas", pouco a pouco, e complementando-as na medida em que se vai apurando mais detalhes.

Outro diferencial do jornalismo de portal é a diversificação de produtos jornalísticos num mesmo espaço. Além dos canais de notícias, agregando na maior parte dos casos texto e fotografia, os portais incorporaram recursos de vídeo através da veiculação dos boletins que integram TV e Web num modelo híbrido.

os chamados mega portais, a variedade de serviços e entretenimento convive com o conteúdo jornalístico, o qual é colocado como mais um produto disputando a atenção do usuário. Mas é importante saber que mesmo sendo um produto a mais no menu de opções oferecido, o jornalismo é a peça chave desses portais.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Blog

Liberdade na esfera virtual

Criado no início da década de 90, o blog é uma ferramenta que tem como objetivo oferecer ao internauta um espaço próprio dentro da esfera virtual. Isso mesmo! Liberdade de expressão! Dizer o que quer, sobre o que quer e quando quer.

Essa ausência de censura somada a fácil manutenção (o usuário não precisa de grandes conhecimentos técnicos para manuseá-lo) e ao considerável grau de interatividade, viabilizado por meio de espaços cedidos a comentários de visitantes, logo tornaram o blog bastante popular.

No atual cenário eletrônico eles estão por toda parte. Podem ser individuais ou coletivos e das mais diversas naturezas: íntima, jornalística, política, econômica, cultural, corporativa ou mesmo mista.

Para se manter freqüentemente “acessado” na blogosfera é preciso sempre buscar novos ângulos para aquilo sobre o qual se propõe falar, dando mais opinião do que informação. Seja breve e autêntico. Se não há nada de novo, o melhor caminho é o silêncio. Incentive o leitor a comentar e acompanhe tudo o que escreverem pra você. É isso!

Escolha seu tema, ou não escolha nada. Crie seu blog e mãos a obra!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Webjornalismo

Titulação na Web

O valor da primeira frase de um texto

Informar o leitor, chamar sua atenção e contextualizá-lo de forma clara e objetiva, são algumas funções do título das notícias. Nas homes de sites noticiosos, os títulos destacam os fatos principais, denunciando-os através de manchetes ou pequenas chamadas, sempre oferecendo links que redirecionarão o leitor a outras seções onde estarão as referidas matérias.

Aqui iremos analisar de que forma os sites: G1 , Clica Brasília e o blog do jornalista Ricardo Noblat, nas edições veiculadas no dia: 03/08/07 , apresentaram os títulos de suas matérias principais.

No portal de notícias da Globo, encontramos no topo da página três pequenas chamadas, ilustradas com fotos, apresentando títulos nominais seguidos de pequenas frases explicativas. Na seqüência, a manchete, em destaque visual, cor e tamanho diferentes, seguida por um parágrafo com informações adicionais, divulga o resultado de um estudo a respeito do crescimento econômico da Bovespa. Ao clicar na manchete, o leitor é redirecionado para o Bônus, blog de economia do portal. Na nova página, um novo título apresenta a matéria. Ainda na home do portal, antetítulos (única palavra com o objetivo de indicar o assunto ou a editoria a qual a notícia se refere) seguidos de pequenas chamadas apresentam matérias de diversas naturezas. Clicando em qualquer uma das chamadas, outras páginas são abertas, novos títulos e acréscimo de abres. Há, também, na lateral esquerda da home, uma seção intitulada “Plantão”, que apresenta pequenas chamadas com horários definidos, sinalizando a periodicidade de atualização do site.

Na página do impresso “Jornal de Brasília”, quatro chamadas caracterizadas por antetítulos, títulos e frases explicativas. Nenhuma delas apresentou-se de forma diferenciada. Ao clicar em cada uma delas, o leitor pode encontrar novas páginas com outros títulos e abres. Clicando para baixo na barra de rolagem, o leitor encontrará a seção “Outras notícias”, onde estão presentes outros destaques do impresso. Uma foto ilustra a seção e sua legenda representa um link de abertura de uma nova matéria.

Além das páginas já citadas, analisamos o blog do jornalista Ricardo Noblat. Acima dos títulos das matérias postadas, tem-se data e hora, localizando temporariamente o leitor. Seus títulos são, em grande parte, nominais, num misto de metáforas e ironias, sobretudo quando o assunto é política. Como de praxe dos textos publicados por blogeiros, suas matérias possuem tom opinativo e seus títulos acompanham esta tendência. Aí vai um exemplo retirado da página observada: Menos, Jobim. Menos.

Ainda que obedecendo a suas especificações, os títulos das Web, seguem a linha dos veículos impressos, com títulos objetivos, buscando conquistar o olhar do leitor e prender seu interesse. Nas homepages, pequenas chamadas com subtítulos e poucas ilustrações. Nas páginas secundárias, títulos e abres, como em jornais e revistas. Quase todas devidamente separadas por seções, a exceção do blog. Concordando com a afirmação de J. B. Pinho, em Texto na Web, “No jornalismo digital, a titulação tem a mesma função que desempenha nos jornais e nas revistas impressos, apesar das regras específicas que podem existir dependendo da linha seguida pelo veículo ou da programação visual adotada” (Pág 198).

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Matéria

Em campo pela copa
Fortaleza será apresentada como cidade-sede para a Copa de 2014
Uma delegação formada por secretários e técnicos do estado do Ceará, apresentará hoje, a candidatura de Fortaleza a uma das cidades-sedes da Copa de 2014, caso o Brasil seja eleito na disputa pela realização do mundial. O evento terá início a partis das 9 horas no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

A comitiva internacional, formada por 10 inspetores da Fifa, deverá avaliar as condições de segurança, hotelaria, saúde, telecomunicações, infra-estrutura esportiva e transporte/transito das 18 cidades candidatas.

A delegação cearense, composta por Ferrúcio Feitosa (Secretário de Esporte), Ivo Gomes (chefe do Gabinete do Governador), Arialdo Pinho (chefe da Casa Civil), Bismarck Maia (Secretário do Turismo), além de uma equipe técnica, deverá ter uma hora para apresentar a defesa da cidade. Um vídeo expondo as atribuições estruturais e econômicas da cidade será exibido e em seguida, haverá um debate para possíveis esclarecimentos.

O anúncio do país que será sede da Copa está marcado para o próximo dia 30 de outubro, a Fifa terá até junho para escolher, inicialmente, 10 cidades dentre as 18 candidatas. São elas: Fortaleza, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Manaus, Rio Branco, Belém, Goiânia, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Natal, Maceió, Salvador e Recife/Olinda.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Palestra

Pelo direito de comunicar
Em palestra realizada na Unifor, Olga Guedes defende o direito da minoria à comunicação
A Constituição portuguesa de 1976 prevê a cessão de espaços midiáticos para instituições representativas da sociedade civil através do chamado “Direito de Antena”. Este assegura o acesso da sociedade aos meios de comunicação sobre a prerrogativa não apenas de ser informada, mas também de informar. No Brasil, este direito é cedido apenas aos partidos políticos, como está previsto no artigo 17, parágrafo terceiro da Constituição Federal, que consta o direito ao uso, gratuitamente, de horários nas TV’s e estações de rádio. Não há permissão, na legislação brasileira, para que outras organizações desfrutem do “Direito de Antena”, o resultado disso é facilmente percebido pela ausência de espaço representativo da voz social.

A professora Olga Guedes, Coordenadora do programa de Pós-graduação “Mídia e Globalização” da Nottinghm Trent University, na Inglaterra, ministrou no dia 16 de agosto, a palestra intitulada “Políticas de Comunicação: mídia alternativa e as minorias”, promovida pela Universidade de Fortaleza aos alunos do Curso de Comunicação Social.

Sem negar o papel das mídias tradicionais, vistas ainda como as únicas provedoras de informações de importância social e capacitadas a influenciar opinião, a palestrante defendeu o direito universal de comunicação das minorias, através da difusão de formas alternativas de expressão, as chamadas mídias alternativas. Segundo a professora esta seria a saída para a democratização da comunicação dos grupos marginalizados da sociedade contemporânea.

Durante toda sua defesa, Olga Guedes enfatizou a necessidade de haver um espaço destinado a voz da minoria, daqueles que não tem acesso gratuito à mídia, encarando esta representação como uma questão política. O objetivo é oferecer suporte as lutas da sociedade civil na esfera política, cedendo lugar para a divulgação de notícias sob as mais diversas perspectivas, promovendo discussões de diversos temas de interesse da sociedade, e ainda trabalhando para a consolidação e ampliação de uma identidade cultural.

Em novembro a professora deverá lançar o livro “Compreendendo as Mídias Alternativas”, onde promete argumentar a respeito do direito de comunicar da sociedade marginalizada.