terça-feira, 25 de setembro de 2007

Portal

Webjornalismo em portais

Um modelo híbrido que une texto, fotografia e vídeo em versões online

Portal é um site na internet que funciona como ponto de acesso centralizado para o usuário, uma espécie de porta principal de navegação. Surgiu nos Estados Unidos, nos primeiros anos da década de 90, carregando como principal serviço o mecanismo de busca. No Brasil, a trajetória dos portais começa pelo mesmo caminho, mas só aparece em 95 com o Cadê.

Não demorou muito para que esta nova ferramenta passasse a agregar os mais diversos serviços, inclusive a digitalização e distribuição da informação em suporte digital, instaurando uma nova categoria para o webjornalismo: o jornalismo de portal.

No jornalismo de portal há uma dinâmica mais ágil e instantânea, principalmente pela consolidação do modelo de notícias em tempo real ou tempo quase real, as chamadas hard news ou breaking news, bem próximas do formato de conteúdos gerados pelos canais de notícias 24 horas das redes de TV a cabo. As chamadas “últimas notícias” buscam anunciar os fatos no instante em que ocorrem, dando informações sobre os assuntos em "pílulas", pouco a pouco, e complementando-as na medida em que se vai apurando mais detalhes.

Outro diferencial do jornalismo de portal é a diversificação de produtos jornalísticos num mesmo espaço. Além dos canais de notícias, agregando na maior parte dos casos texto e fotografia, os portais incorporaram recursos de vídeo através da veiculação dos boletins que integram TV e Web num modelo híbrido.

os chamados mega portais, a variedade de serviços e entretenimento convive com o conteúdo jornalístico, o qual é colocado como mais um produto disputando a atenção do usuário. Mas é importante saber que mesmo sendo um produto a mais no menu de opções oferecido, o jornalismo é a peça chave desses portais.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Blog

Liberdade na esfera virtual

Criado no início da década de 90, o blog é uma ferramenta que tem como objetivo oferecer ao internauta um espaço próprio dentro da esfera virtual. Isso mesmo! Liberdade de expressão! Dizer o que quer, sobre o que quer e quando quer.

Essa ausência de censura somada a fácil manutenção (o usuário não precisa de grandes conhecimentos técnicos para manuseá-lo) e ao considerável grau de interatividade, viabilizado por meio de espaços cedidos a comentários de visitantes, logo tornaram o blog bastante popular.

No atual cenário eletrônico eles estão por toda parte. Podem ser individuais ou coletivos e das mais diversas naturezas: íntima, jornalística, política, econômica, cultural, corporativa ou mesmo mista.

Para se manter freqüentemente “acessado” na blogosfera é preciso sempre buscar novos ângulos para aquilo sobre o qual se propõe falar, dando mais opinião do que informação. Seja breve e autêntico. Se não há nada de novo, o melhor caminho é o silêncio. Incentive o leitor a comentar e acompanhe tudo o que escreverem pra você. É isso!

Escolha seu tema, ou não escolha nada. Crie seu blog e mãos a obra!

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Webjornalismo

Titulação na Web

O valor da primeira frase de um texto

Informar o leitor, chamar sua atenção e contextualizá-lo de forma clara e objetiva, são algumas funções do título das notícias. Nas homes de sites noticiosos, os títulos destacam os fatos principais, denunciando-os através de manchetes ou pequenas chamadas, sempre oferecendo links que redirecionarão o leitor a outras seções onde estarão as referidas matérias.

Aqui iremos analisar de que forma os sites: G1 , Clica Brasília e o blog do jornalista Ricardo Noblat, nas edições veiculadas no dia: 03/08/07 , apresentaram os títulos de suas matérias principais.

No portal de notícias da Globo, encontramos no topo da página três pequenas chamadas, ilustradas com fotos, apresentando títulos nominais seguidos de pequenas frases explicativas. Na seqüência, a manchete, em destaque visual, cor e tamanho diferentes, seguida por um parágrafo com informações adicionais, divulga o resultado de um estudo a respeito do crescimento econômico da Bovespa. Ao clicar na manchete, o leitor é redirecionado para o Bônus, blog de economia do portal. Na nova página, um novo título apresenta a matéria. Ainda na home do portal, antetítulos (única palavra com o objetivo de indicar o assunto ou a editoria a qual a notícia se refere) seguidos de pequenas chamadas apresentam matérias de diversas naturezas. Clicando em qualquer uma das chamadas, outras páginas são abertas, novos títulos e acréscimo de abres. Há, também, na lateral esquerda da home, uma seção intitulada “Plantão”, que apresenta pequenas chamadas com horários definidos, sinalizando a periodicidade de atualização do site.

Na página do impresso “Jornal de Brasília”, quatro chamadas caracterizadas por antetítulos, títulos e frases explicativas. Nenhuma delas apresentou-se de forma diferenciada. Ao clicar em cada uma delas, o leitor pode encontrar novas páginas com outros títulos e abres. Clicando para baixo na barra de rolagem, o leitor encontrará a seção “Outras notícias”, onde estão presentes outros destaques do impresso. Uma foto ilustra a seção e sua legenda representa um link de abertura de uma nova matéria.

Além das páginas já citadas, analisamos o blog do jornalista Ricardo Noblat. Acima dos títulos das matérias postadas, tem-se data e hora, localizando temporariamente o leitor. Seus títulos são, em grande parte, nominais, num misto de metáforas e ironias, sobretudo quando o assunto é política. Como de praxe dos textos publicados por blogeiros, suas matérias possuem tom opinativo e seus títulos acompanham esta tendência. Aí vai um exemplo retirado da página observada: Menos, Jobim. Menos.

Ainda que obedecendo a suas especificações, os títulos das Web, seguem a linha dos veículos impressos, com títulos objetivos, buscando conquistar o olhar do leitor e prender seu interesse. Nas homepages, pequenas chamadas com subtítulos e poucas ilustrações. Nas páginas secundárias, títulos e abres, como em jornais e revistas. Quase todas devidamente separadas por seções, a exceção do blog. Concordando com a afirmação de J. B. Pinho, em Texto na Web, “No jornalismo digital, a titulação tem a mesma função que desempenha nos jornais e nas revistas impressos, apesar das regras específicas que podem existir dependendo da linha seguida pelo veículo ou da programação visual adotada” (Pág 198).